Volta às aulas: a importância das etiquetas no material escolar

Com o avanço da vacinação, inclusive entre as crianças, em fevereiro passado o ano letivo de diversas escolas estaduais e municipais brasileiras começaram com turmas completas e no formato 100% presencial.

No entanto, ao mesmo tempo que para os pais e para as próprias crianças a sensação é de alívio, de retomada à uma rotina de certa normalidade, a situação também preocupa, pois nota-se a oscilação nos números de casos, apesar da gravidade ser em menor grau.

Em meio a tantas dúvidas e incertezas, muitas escolas adotam medidas e protocolos para diminuir a chance de contaminação entre crianças e jovens, tais como o uso de etiquetas para a diferenciação do material escolar.

A importância da volta às aulas

Antes de serem abordadas as medidas e protocolos para um retorno seguro à sala de aula (como o uso de etiquetas, por exemplo), é fundamental entender a importância do retorno às escolas.

A OMS, a UNESCO e o UNICEF sugerem que a educação deve ser considerada serviço essencial. Assim, orientam que, a partir de decisão das autoridades sanitárias locais, as aulas presenciais sejam retomadas, observadas as devidas cautelas à segurança sanitária, desde que avaliados:

  • os riscos e níveis locais de transmissão do vírus SARS-CoV-2;
  • a capacidade escolar de adaptação segura;
  • as perdas em educação dos estudantes;
  • a garantia da equidade em termos de aprendizagem;
  • a saúde em geral;
  • bem-estar das crianças e jovens.

Essas organizações realizaram uma revisão de estudos sobre a transmissão do vírus nas escolas e produziram um material. Tais estudos indicam que a taxa dos casos registrados no mundo, para a população de crianças e jovens de até 18 anos de idade, gira em torno de 8,5%, com muitos poucos óbitos.

Assim, os referidos organismos internacionais consideram que, em contraste a esse fenômeno, o fechamento das escolas tem impactos negativos evidentes na saúde física e mental das crianças, assim como na educação, no desenvolvimento, na renda familiar e na economia em geral.

Principais protocolos para volta às aulas

De acordo com a Secretaria do Estado de Minas Gerais, os seguintes protocolos precisam ser seguidos pelas escolas durante o seu retorno às aulas:

  • Deverá haver controle do fluxo de entrada, evitando aglomeração.
  • Deverá ser disponibilizado obrigatoriamente álcool em gel a 70% para higienização das mãos, sendo contraindicado o uso de álcool com essências, odorizador ou perfumados;
  • Disponibilização de cartazes com linguagem visual e não verbal com orientações sobre higienização das mãos e uso de máscaras;
  • No caso de utilização dos elevadores não permitir sua utilização sem máscara;
  • Priorizar a limpeza das maçanetas, torneiras, corrimãos, mesas, cadeiras, teclados, computadores, botões de elevadores, telefones e todas as superfícies de alta frequência de toque;
  • Janelas e portas devem ser mantidas abertas para circulação de ar eficaz. Ventiladores devem ser usados em posição fixa, com fluxo de ar direcionado ao exterior. Imprescindível a limpeza periódica dos ventiladores;
  • Caso o ar-condicionado/climatizador seja a única opção de ventilação, realizar a manutenção e limpeza semanal do sistema de ar-condicionado por meio de PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle);
  • Realizar a limpeza local (piso, balcão e outras superfícies) com desinfetantes a base de cloro para piso e álcool a 70% para as demais superfícies

Para além destes pontos, o Ministério da Saúde traz outra orientação mais específica em relação aos objetos pessoais das crianças menores: “Além disso, recomenda-se que os objetos pessoais da criança sejam nomeados, bem como suas mochilas, vestimentas e fraldas, a fim de evitar a troca no momento de sua utilização, tendo em vista que crianças pequenas nem sempre reconhecem seus pertences”.

Qual é a importância das etiquetas no material escolar?

O uso de etiquetas no material escolar sempre foi um método utilizado pelas famílias para evitar as perdas e trocas de objetos.

Assim, no geral, as famílias adotavam essa medida para:

  • A criança não perder o material;
  • Colaborar para criar um senso de responsabilidade sobre seus próprios objetos;
  • Associar a boas recordações;
  • Auxiliar nos ensinamentos sobre organização.

Porém, com a pandemia, essa rotina ganha um papel de destaque: evita que as crianças compartilhem materiais e objetos e, com isso, diminuem as chances de contaminações, não apenas pelo coronavírus, mas também com outras doenças.

Além disso, muitas vezes estas etiquetas personalizadas são coloridas e com temas do universo infantil, trazendo leveza para essa identificação (é possível personalizar com algum personagem querido pela criança, por exemplo).

Por isso, é importante que as famílias adotem esse hábito de etiquetar individualmente o material escolar, tanto das crianças menores quanto das crianças maiores.